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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Apatia com simpatia



Diariamente vemos casos de atrocidades cometidas contra inocentes. Garota de 5 anos jogada do 6º andar, mais de uma adolescente presa em cela junto de outros detentos do sexo oposto e de significativa diferença de idade, dentre outros tantos casos. Há uma certa comoção, mas ela é ordinária. O que nos faz andar lado a lado com o mal e vermos tal fato com naturalidade é o fato de só certos casos isolados receberem esse destaque, focando apenas em um incidente e esquecendo de todo o resto.

No Brasil ainda existe escravidão - ela foi abolida em 1888, mas só em papéis. Percorrendo partes mais ermas do nosso vasto território não é difícil encontrar pessoas submetidas a esse regime degradante. 120 anos e muita coisa ainda permanece igual a cinco séculos atrás. Isso ainda sem contar os trabalhadores que, apesar de serem escravos propriamente ditos, são submetidos a condições desumanas, vindo até a morrer, às vezes, e recebendo salários infinitamente baixos e completamente incondizentes com os seus esforços, constituindo-se em pura exploração. Ninguém ao menos se lembra deles, quem dirá se esforça para reverter o quadro.

Além disso podemos citar o clássico caso dos nossos políticos corruptos. Votamos sob a máxima de que "aquele lá rouba, mas pelo menos faz". Temos governantes que, ao custo do nosso suor, fazem parte das classes mais favorecidas do nosso país desigual. Deputados que sequer dão-se ao trabalho de exercer sua tarefa de votar as respectivas pautas. Porém pior que isso é que não vemos ninguém se mobilizando a fim de obter melhores opções nas próximas eleições, a fim de uma maior transparência, a fim de fazê-los cumprir seu trabalho. Não. É mais fácil assistir ao espetáculo circense de seu sofá.

Resumindo tudo: não adianta o brasileiro não se dizer apático ao mal, porque ele já está aqui há tanto tempo sem que ninguém fizesse algo que já criou raízes profundas. Estamos, sim, acostumados a ver cenas trágicas, porque elas não surtem o efeito que deveriam, especialmente nos últimos dias. De nada vale se mobilizar quanto a Isabela se diariamente há outras tantas outras situações pungentes ainda piores.

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quinta-feira, 3 de abril de 2008

PAC-man




E não é que o Lula fez sua parte no 1º de abril, homenageando o dia da mentira?
Ele afirmou, na data, que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é responsável por uma "revolução no país" (tal qual Geisel realizou durante a ditadura militar).

Para começar a apontar os erros da situação, naturalmente ele sequer sabe o conceito de revolução, uma vez que se estivesse consciente de sua amplitude, jamais utilizaria a palavra em tal contexto medíocre.

Quanto às medidas que estão sendo tomadas, dado o maior acúmulo nos cofres nacionais, o mínimo que se esperaria era que esse dinheiro fosse utilizado em investimentos par a população, ao invés de ir direto para os bolsos dos nossos não-tão-queridos congressistas. Esse repasse não é mais que a obrigação do governo. Jamais deveria ser visto como esse motivo de exaltação.

Mas mais do que isso, tratam-se de aplicações errôneas. De que vale sanar a febre se a infecção continua lá? O ideal seria que a verba fosse destinada aos campos da educação, ciência e desenvolvimento de tecnologia no nosso próprio país (ao invés de comprá-la). Tudo começaria com o proporcionamento de melhores condições de ensino e incentivos para que nossos cérebros não queiram migrar para outros países.

Assim fica evidente a ignorância do nosso líder. Injeções monetárias em alguns setores de forma que até 2010 continue com alta aprovação não é a solução, quanto mais razão de glória. O que foi citado acima que seria um desenvolvimento digno e diferente do que temos visto desde 1500. Talvez aí poderíamos falar em revolução.

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quarta-feira, 2 de abril de 2008

Re-reeleição



O que está na boca de todos, além do suposto dossiê, é a declaração do nosso vice-presidente, José Alencar: "...os brasileiros desejam é que o Lula fique mais tempo no poder".
Fale por si próprio.

Talvez por causa de recente pesquisa de opinião ter afirmado que o partido não ficaria em nenhuma posição melhor que quarto lugar caso a eleição fosse hoje, talvez por motivos pessoais, não importa. Tal afirmação não passa de um absurdo sob inúmeros pontos de vista.

Primeiramente, um terceiro mandato trata-se de uma inconstitucionalidade e, caso haja uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) a fim de mudar a situação atual, fica claro um cunho golpista por parte da base governista.

Mas, além disso, uma decisão como essa deixaria brasileiros conscientes fadados a uma gerência superficial por causa daquela maioria menos privilegiada culturalmente , fruto de governos como esse, diga-se de passagem, que não vêem que são melhorias vãs, meros paliativos.

Oito anos de discursos ridículos bastam. Não que as perspectivas presidenciais sejam caracterizadas como uma verdadeira esperança de mudanças substanciais, indo além do vulgar populismo que nós vemos. Mas seria melhor um presidente que não faz piadas medíocres relacionadas a telefonema que pede para que o outro país não tenha crise a fim de não atrapalhar o crescimento brasileiro.

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Postado por Gabie Garcia às 10:32 PM 0 comentário(s)